"Detesto fingimentos. Hipocrisias. São cacos partidos de esquinas aguçadas que me estilhaçam a alma.
de vez em quando lá vem um que nos magoa, que nos deixa sem reacção.
apetece juntar as partículas, com elas construir uma bomba atómica de palavras, e na próxima investida matar o fingimento.
Há gente que minimiza os sentimentos dos outros.
Porque menosprezam a inteligência? Porque vivem de pedaços rasgados?
Dos rasgões abertos sai sempre podridão e as feridas infectadas, fedem......"
"Porquê mentir?
É bom estar com pessoas por inteiro, que estejam ali de verdade, com amizade, de coração aberto. Coisas tão simples, mas que em algumas pessoas mal se sente, pois essas, nunca estão. Das suas conversas pouco se aprende, nada se sabe, tudo se confunde. É género coscuvelhice! O que foi, como foi, quando foi, porque foi? Onde foi?
AH!!!AH!!!AH!!! Estou farta! E elas fartas de saber que estou farta. O rol de impaciências alonga a hora de elas abalarem. Prolonga-se como o mar, pelo infinito. Um dia apareceram de improviso, para verem como era.
Há pessoas que nem vestidas de ouro as queria. São nuas de alma, sofisticadas, hipócritas e nunca se sabe o que pensam, quer falem muito, ou estejam caladas.
Detesto hipocrisia, a mentira, a falsidade.
Mas hoje souberam que eu sei.
Disse-lhes."
Donzília Martins
Este excerto de texto foi retirado de um livro de divagações de uma grande amiga minha. Quem nunca sentiu isto, quem nunca teve esta vontade imensa de gritar bem alto ESTOU FARTA.
M.M.
